domingo, 29 de abril de 2012

Presidente fala a respeito da Rio+20

Por Tatiani Coimbra (M00018)


“O Brasil tem que estar comprometido com todos os aspectos do meio ambiente, mencionando, entre eles, a necessidade do desenvolvimento de cidades sustentáveis”, afirmou a presidente Dilma Rouseff na última terça-feira (24).
                                         
No discurso que foi feito durante a cerimônia de anúncios de recursos federais para obras de mobilidade urbana em municípios com mais de 700 mil habitantes. A presidente Dilma lembrou ainda da Rio+20, uma conferência das Nações Unidas que acontecerá em Junho no Rio de Janeiro, Dilma afirmou que o Brasil tem o histórico de posições avançadas em relação ao tema do meio ambiente.

"O Brasil é especial, tem tradição de estar na vanguarda das questões ambientais, país que tem tradição de ter uma das matrizes energéticas. (...) Um país que hoje combate de forma efetiva o desmatamento tem de estar comprometido com todos os aspectos do meio ambiente, e um dos principais é a questão das cidades sustentáveis", afirmou Dilma para uma plateia de governadores, prefeitos e congressistas.

Fonte: Foreque, Flávia. Seção Poder. Folha.com

domingo, 22 de abril de 2012

O que está em jogo na Rio+20

Por Tatiani Coimbra (M00018)
Cariocas na ciclovia do Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro
Cariocas na ciclovia do Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro (Tasso Marcelo/AE)
A Rio+20 irá acontecer no mês de Junho aqui no Rio de Janeiro e esbarrará com oito temas importantes e polêmicos como energias renováveis. Todos os temas tiraram o sono, literalmente, de negociadores políticos, representantes de empresas e de organizações não-governamentais em debates, exclusões, negociações, acréscimos e novos debates sobre os principais itens que, hoje, resumem os temas de destaque da conferência.

Um tema é a gestão dos oceanos com foco em iniciativas que regulem, por exemplo, a pesca intensiva a fim de preservar a biodiversidade dos mares – única fonte de alimentos para1,5 bilhões de pessoas em países como Japão, Canadá e Rússia, que temem com as perdas comerciais foram contra.

Na realidade muitos países estão mais preocupados com o aspecto econômico do que com a preservação do planeta. Para André Ribeiro, Diretor de Políticas Públicas Internacionais da Fundação Frances Libertés (criada por Danielle Miterrand em 1986), lembra que no último Fórum Mundial da Água, em Marselha, o presidente da Nestlé, Peter Brabeck, declarou que somente as grandes corporações podem garantir o financiamento para o acesso à água, e por isso devem ter total liberdade e apoio dos países e da ONU para decidir como fazê-lo.

Esse discurso toca em questões inflamadas para Ribeiro, que é um dos coordenadores da Cúpula dos Povos, coalizão das ONGs que levará à frente uma série de atividades no Aterro do Flamengo. “O que temos ouvido é que a Rio+20 não é o lugar para falarmos sobre direitos ou proteção do meio ambiente, mas sobre financiamento e investimentos, através da valorização do ‘capital natural’ e da criação de novas oportunidades para o mercado”, diz Ribeiro.

De 23 de abril a 4 de maio, todas essas questões serão mais uma vez defendidas e contrapostas durante a quarta e última reunião de negociação dos itens da Minuta Zero, a ser realizada na ONU, em Nova York. Dessa reunião, espera-se extrair o Rascunho Um da Rio+20, o documento que servirá de base para os trabalhos que se iniciam em 13 de junho no Rio de Janeiro.

Os oito temas você poderá visualizar no site da Veja.

Fonte: Régis, Márcia:O que está em jogo na Rio+20. Veja Online.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sebrae publica histórias de empresas sustentáveis

Por: Fernanda Machado (A00037)
Para quem acha que desenvolvimento sustentável é um tema apenas para grandes corporações, pode acompanhar através da publicação do Sebrae histórias de sucesso de pequenos empreendimentos que estão se antecipando ao mercado e adotando gestão sustentável em seus negócios. Reforçando assim a parceria do Sebrae com a Rio+20 que se realizará em Junho no Rio de Janeiro. No site do Sebrae é possível acessar a Agência Sebrae notícias e obter informações relativas a Rio + 20 que abrangem pequenas e médias empresas. Vale a pena dar uma olhada e ter certeza que sustentabilidade é possível e que com pequenas atitudes é possível tornar uma empresa mais competitiva reforçando o conceito de economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.
Visite o site: http://www.rio20sebrae.com.br/ e siga também essa idéia.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A menina que calou os líderes mundiais


Por Tatiani Coimbra (M00018)

No evento que ONU organizou no Rio de Janeiro em 1992, mais conhecido como Eco92 teve a criação de vários documentos importantes como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica. Mas o diferencial não foram os documentos mais uma menina de apenas 12 anos.
Na época a pequena canadense Severn Suzuki e seus três amigos Michelle Quigg, Vanessa Suttie e Morgan Geisler do movimento Eco - Organização Ambiental das Crianças vieram ao Brasil para falar com os maiores líderes do planeta, na época.

Hoje, vinte anos depois, apenas três fundadores do movimento continuam engajados na causa. Suzuki é ativista da fundação David Suzuki, criada pelo seu pai, e dá palestras no mundo inteiro sobre sustentabilidade. Morgan Geisler é integrante do Greenpeace e Michelle Quigg é advogada e trabalha na área de imigração, refúgio e justiça social.

Assista ao vídeo e reflita:




quarta-feira, 11 de abril de 2012

Secretário-Geral da Rio+20 destaca papel de setor empresarial

Por Jacqueline Motta (A00011)
O Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Sha Zukang, afirmou nesta quarta-feira (11/04) que o setor empresarial desempenha papel essencial para que os países alcancem o desenvolvimento sustentável.
“Empresas e a indústria podem adotar e implementar tecnologias de produção mais limpas e cadeias de valor mais verdes”, disse Sha. “De fato, algumas empresas pioneiras já mostraram o caminho para uma economia mais verde e justa”, acrescentou, citando transferência de tecnologia, integração da mulher no mercado de trabalho, criação de empregos e o bom manejo dos recursos ambientais.
O Secretário-Geral participa hoje e amanhã do Fórum ‘Percebendo o Crescimento Inclusivo e Verde‘ em Haia, na Holanda. Mais de 300 participantes,  principalmente do setor empresarial, estão reunidos para discutir e sugerir ideias para a Rio+20, que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de junho no Rio de Janeiro.
Fonte: ONU

Rio + 20

Por Jacqueline Motta (A00011)

O Fórum Global de Desenvolvimento Humano terminou na sexta-feira (23/03) em Istambul, Turquia, com a adoção por unanimidade de um documento que pede que a comunidade internacional defina, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), uma série de ações para enfrentar a desigualdade social e a deterioração ambiental.

A “Declaração de Istambul” foi assinada por mais de 200 especialistas em desenvolvimento, ativistas da sociedade civil, ministros, membros do setor privado e funcionários das Nações Unidas presentes no Fórum. O evento foi organizado pelo governo turco com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na quinta (22/03) e sexta-feira (23/03).

“Estamos unidos na nossa convicção sobre a necessidade de uma nova visão que compreenda as três dimensões do desenvolvimento sustentável – social, econômico e ambiental – que coloque as pessoas no centro do desenvolvimento”, diz a declaração.

O documento define quatro pontos de “crítica importância”: a adoção de uma visão global que envolva crescimento equitativo com sustentabilidade ambiental; mais verbas para financiar soluções inovadoras para os desafios atuais; empoderamento das mulheres; e boa governança no desenvolvimento sustentável.

“Desenvolvimento sustentável é um conceito que reconhece que nossos objetivos econômicos, sociais e ambientais não são metas que competem entre si, mas sim objetivos interconectados que são mais efetivamente buscados juntos de uma forma holística”, afirmou o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

A “Declaração de Istambul” também ressalta a importância de mudar as medições de desenvolvimento. Para os participantes do Fórum, a medição do Produto Interno Bruto (PIB) é insuficiente para classificar o desenvolvimento humano. “Pedimos um maior apoio (…) para criar e usar medições de progresso mais apropriadas”, afirma o documento.

Fonte: ONU 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Rio+20 zero draft accepts 'planetary boundaries'

/agriculture/article/44195  Publicado por ÉP
Por Érico de Carvalho (A00022)

The latest draft of the so-called 'zero draft' document, which will be presented to heads of government at the Rio+20 Summit in June, has been amended to include an acknowledgement that there are scientifically assessed 'planetary boundaries' which, if overstepped, could result in irreversible damage to the Earth's sytems.
The draft is being prepared by national delegates to the United Nations, and will ultimately be presented to heads of government at the Summit for their endorsement. The idea of planetary boundaries, referring to the load-bearing limits on the Earth's systems, was not in the original document drawn up by the United Nations, but was included in a European Union submission to talks last week (March 19-23) in New York.
Earlier this month, UN secretary general Ban Ki-moon also backed the idea as he presented the report of his High Level Panel on Global Sustainability to an informal plenary of the UN General Assembly on March 17, just before the latest Rio+20 negotiating session began.


 
Todos os países devem pensar de forma integrada, apenas quando perceberam que a destruição da natureza afeta a todas, poderemos traçar um estratégia para conter o avanço da destruição. Os males causados pelo abuso desenfreado da natureza não tem limites de fronteiras. A fumaça, os raios ultravioletas, os maremotos e os terremotos afetam você e ao seu vizinho.

A conferência Rio+20 discutirá esse tema. Nós também devemos pensar nesse tema quando vemos nosso comportamento na rua, em casa, no transito. O lixo que eu jogo no chão vai apenas me afetar? Eu respeito o próximo? Pense que suas atitudes tem consequências muito maiores do que parecem.

sábado, 7 de abril de 2012

Rumo à Rio+20: sociedade quer mais que discursos

Por: Osmar Alves Marques ( R00018)

Sociedade se mobiliza para que a conferência, que será realizada em junho de 2012, no Rio de Janeiro, seja muito mais que um balanço da ECO 92 e priorize ações efetivas.

Reportagem de Sucena Shkrada Resk

Não há como negar que a comemoração de duas décadas da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, a ECO 92, também conhecida por Cúpula da Terra, deverá ter um grande significado simbólico durante a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, entre 4 e 6 de junho de 2012. Até hoje, o evento é considerado o principal marco histórico socioambiental, mas o que muitos temem nos bastidores da preparação da futura conferência é a possibilidade de o evento se restringir a um simples balanço e propostas no papel, já que não tem caráter deliberativo, não representando avanços significativos na busca pela sustentabilidade no planeta. Organizações não-governamentais (ONGs) e movimentos sociais e empresariais já se mobilizam para pressionar e propor pautas de políticas públicas aos governos, a fim de que a Rio+20 possa resultar em ações efetivas. Para isso, está em curso a elaboração de uma agenda de eventos extra-oficiais que antecederão o encontro oficial. No centro das discussões, está o tema “Economia Verde, no contexto do desenvolvimento sustentável e da extrema pobreza”. Nesse sentido, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) chegou a lançar, em fevereiro deste ano, o relatório “Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza”. O documento sinaliza que, para concretizar a transição para uma “economia verde”, seria necessário um investimento de 2% do Produto Interno Bruto Global (PIB) – cerca de US$ 1,3 trilhão – em dez setores: agricultura, edificações, energia, pesca, silvicultura, indústria, turismo, transporte, água e gestão de resíduos. Mas diretrizes sobre essa pauta ainda estão longe de serem definidas.A Rio+20 também será palco para se avaliar os resultados práticos de importantes documentos gestados a partir da ECO 92, como a Agenda 21, as Convenções sobre Mudança do Clima e a Diversidade Biológica, a Declaração de Princípios sobre as Florestas, de Combate à Desertificação, entre outros que foram elaborados posteriormente, como a Carta da Terra, em 2000.

Mobilização da sociedade e o FSM 2012

No Brasil, foi formado o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. Segundo Aron Belinky, coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civilis, que representa o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) na Coordenação Nacional do Comitê, o papel do grupo – atualmente formado por 14 redes – é trazer mais participantes para o debate até o ano que vem. “Nossas ações são elaboradas por meio de grupos de trabalhos. Um deles é o de formação e mobilização, que deverá levar os temas em discussão para a sociedade e cuidará da organização do evento paralelo previamente chamado de Cúpula dos Povos, que terá a participação da sociedade civil”, pontua.

O encontro popular, segundo ele, deverá começar antes, por volta do dia 21 de maio de 2012. “Além de representantes do Brasil, outros do Canadá, França, Japão, e de alguns países da América Latina já estão envolvidos nestas ações”, adianta o ambientalista. “Na Cúpula dos Povos, queremos que seja garantido que a economia verde seja avaliada como um interessante indutor de sustentabilidade, desde que abranja as questões sociais, além das ambientais, e tenha sempre presente a questão da qualidade de vida dos cidadãos, além da ecoeficiência.”

Uma outra frente da sociedade civil rumo à Rio+20 se dará no âmbito do Fórum Social Mundial (FSM). A decisão foi tomada ao final da edição deste ano, em Dacar, no Senegal. Segundo o empresário e ativista da área de responsabilidade social, Oded Grajew, que integra o Comitê Internacional do FSM – que ocorrerá entre 27 e 31 de janeiro de 2012 (data sujeita a alterações) –, a edição internacional descentralizada do evento terá como principal pauta a temática ambiental, voltada à conferência.

“O FSM não representa as elites econômicas e exigirá uma demanda de mobilização da sociedade sobre outro modelo de desenvolvimento. Trataremos de propostas de mudança da matriz energética para a renovável, da questão nuclear, das hidrelétricas em confronto com as populações indígenas, do modelo de consumo e resíduos orgânicos, entre outros”, aponta Grajew. Segundo ele, a meta é propor políticas públicas ao governo e informações sobre indicadores quanto à grave situação do modelo atual de desenvolvimento, que leva ao esgotamento de recursos naturais e ao aumento das desigualdades.
“Como 2012 será também um ano de eleições em alguns países importantes como EUA, Alemanha e França, isso prejudica decisões. Talvez essas nações não queiram assumir alguns compromissos, que podem comprometer os resultados nas urnas”, alerta. Ele reforça que, no contexto da Economia Verde, as discussões do FSM permanecerão voltadas a questões sociais, ao combate às desigualdades.
No campo empresarial, Grajew informa que algumas iniciativas em andamento são do Instituto Ethos, que lançou, em fevereiro deste ano, a Plataforma por uma Economia Inclusiva, Verde e Responsável.  “A proposta é que possa ser apresentada também uma agenda de sustentabilidade urbana para os candidatos às eleições municipais brasileiras, no ano que vem. O projeto será amadurecido na Conferência Ethos, em agosto deste ano.”

Governança e desenvolvimento sustentável

Um tema complexo que estará na Conferência, segundo Belinky, diz respeito à governança em um cenário de desenvolvimento sustentável. “Este tema está sendo pouco debatido oficial e extra-oficialmente. Deve ser visto não como uma discussão sobre burocracia, mas como uma condição necessária para encaminhar as decisões e recomendações que se tomem na conferência”, analisa.

Belinky afirma que, se por um lado, hoje se enxerga o desenvolvimento sustentável no conjunto, as instituições internacionais e internas a cada país são estanques. “Umas atuam no campo econômico, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o FMI e a Organização Mundial do Comércio (OMC), que não se conectam nas dimensões sociais e ambientais. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Trabalho (OIT), que têm algum poder político, estão desconectadas do lado ambiental. A ideia é integrá-las à questão do desenvolvimento sustentável”.

No caso da questão ambiental, as discussões levam à constatação de que não existe nenhuma organização internacional com real poder regulatório. “O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é um dos com menor orçamento na ONU e depende de adesões voluntárias. Não é essencial dentro do sistema, participa quem quer. Pode encaminhar, no máximo, estudos, recomendações, mas sem poder regulatório”.

Como primeiro passo, uma das propostas que serão defendidas pela sociedade civil é que haja uma resolução para se criar uma agência ambiental internacional, aprimorando o funcionamento do Pnuma ou por meio de sua união com outras agências. “O governo brasileiro, inclusive, tem defendido uma 'agência guarda-chuva', que tenha sob ela várias agências internacionais do sistema ONU.” As entidades, segundo Belinky, enxergam que existe uma necessidade tanto ética quanto política e econômica de tirar as pessoas da pobreza. “Isso não significa que deverão ter padrão de consumo insustentável, como o norte-americano e europeu. Não é objetivo estender a sociedade perdulária”, adverte.

As expectativas sobre os resultados da Rio+20 caminham na direção de dois extremos. “Será uma grande oportunidade ou nulidade. A conferência pode fazer uma convergência, desatar nós ou, então, se não se dispuser, será um ponto de jogar conversa fora. Mas de qualquer forma, a mobilização de propostas da sociedade civil será um avanço. Ou os governos são capazes de mostrar relevância no mundo contemporâneo ou são incapazes de acompanhar o ritmo que a sociedade avança, se tornando um empecilho”.